domingo, 13 de fevereiro de 2011

Volta às aulas DAJOR 2011




Para enturmar os calouros, o Diretório Acadêmico de Jornalismo (Dajor/2011) promove um Encontro de Volta às Aulas com a jornalista e apresentadora do Jornal do Almoço Caxias, Marisol Santos.

Em breve, mais informações!

o vídeo aí foi produzido e editado pelo Lucas Guarnieri!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chuva e caos, ou variações de uma mesma história

Todo ano a história se repete: as chuvas de verão se incumbem de demonstrar que o homem é muito frágil diante da natureza. As catástrofes climáticas, que assolam o país, deixam um rastro de destruição por onde passam. Foi assim, com as chuvas em Santa Catarina em 2008 e, também, com os desabamentos de terra em Angra dos Reis, no primeiro dia de 2010. Em 2011, a história voltou a se repetir no Rio de Janeiro, desta vez, na região serrana do Estado.

Longe de parecer novela global, o final desse enredo demonstra que a realidade pode ser mais cruel que a ficção. Como vidas não podem ser recuperadas, resta agora às instituições públicas ficarem atentas a outras regiões de risco por todo o Brasil. E tratar de reconstruir as cidades devastadas e assistir às populações que sofreram com a catástrofe.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Porque as comunicações e as artes estão convergindo?



O renascimento cultural teve o grande mérito de elevar as artes, especialmente as artes visuais, ao campo do conhecimento. As manifestações artísticas, a partir desse momento, procuraram atingir àqueles que fossem capazes de entender a aura estética de uma obra. Os meios de comunicação, em contraponto, buscaram, desde que surgiram, atingir o grande público, a audiência massiva.

Na obra “Por que as comunicações e as artes estão convergindo”, Lucia Santaella, livre-docente pela USP (Universidade de São Paulo), argumenta que esses dois campos, das artes e das comunicações, apesar de suas peculiaridades, estão se aproximam especialmente a partir da década de 1980.

Santaella explica que alguns meios técnicos para a criação artística são praticamente os mesmos utilizados por publicitários, fotógrafos e jornalistas. Ela traça um histórico do avanço das técnicas de comunicação e mostra que essa tecnologia é absorvida no meio artístico. Resgata os questionamentos gerados nas artes a partir da fotografia, passa pela diferenciação entre o cinema experimental e o cinema na Indústria Cultural, até chegar à ideia de que as tecnologias digitais, além de transformarem as formas de comunicação, produziram uma arte interativa.

A obra de Santaella apresenta, ainda que tímida, a questão de proximidades entre as artes e as comunicações. O Livro, no entanto, tem justamente esse objetivo: o de deixar menos cansativo os temas teóricos extremamente complexos. Nesse sentido, “Porque as comunicações e as artes estão convergindo?” traz um panorama muito interessante a quem deseja entender melhor as transformações pós-modernas na Indústria Cultural.

Por que as comunicações e as artes estão convergindo?
Lucia Santaella
Editora Paulus
R$ 11,50

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

sábado, 2 de outubro de 2010

As incertezas e o individualismo



Em tempos de incertezas e transgressões, a única situação irrefutável é a de que os conceitos modernos não conseguem explicar a realidade contemporânea. A moral e a ética não ficam impunes nesse cenário de grandes modificações político-sociais. Discutir os aspectos que criam essa tendência pós-moderna ajuda a formar uma consciência nas pessoas sobre o contexto em que vivem. O filósofo francês Gilles Lipovetski veio à Universidade de Caxias do Sul, na última terça-feira, para palestrar sobre as transformações de nosso tempo.

O pensador acredita que vivemos não em um período pós-moderno, mas sim numa espécie de hipermodernidade. Para Lipovetski, não há uma superação da modernidade, mas sim sua intensificação. “Estamos vivendo uma era da exarcebação da modernidade. Não estamos numa era pós-moderna, mas sim numa era hiper-moderna. A sociedade hipermoderna parece uma escala hipertrófica em todas as suas esferas”. O filósofo defende suas ideias lembrando que na modernidade era possível perceber certas instituições que barravam o próprio desenvolvimento moderno. Aos poucos, essas regulações sucumbiram e os contra-modelos de desenvolvimento desapareceram.

Após todas essas constatações, Lipovetski se pergunta se seria correto afirmar que estamos passando por um fim da moral. O filósofo afirma que a grande mudança é que deixamos de viver numa era de deveres. “Hoje, a moral é pensada como um conjunto de coisas difícil. É uma obrigação uma coisa que não fariam. A hipermodernidade é uma época pós-moral. Observamos essa evasão do dever. Os deveres em si mesmo se transformaram em direitos dos egos”.

A vida na hipermodernidade acarreta em revés no coletivo. As grandes revoluções são colocadas em xeque e o sentimento individual entra em ascensão. Esse individualismo deve ser lembrado não apenas como algo irresponsável. Para ele, podemos perceber um individualismo responsável, pautado por entender os direitos dos outros. Esse individualismo também não permite que seus direitos de cada um sejam ameaçados.

Nesse cenário, o filósofo procura na educação uma forma de manter os homens dentro de um projeto contemporâneo e afastado da racionalidade extrema da modernidade. “Devemos educar para a moral, levando em conta o individualismo, jogando com a emoção e o sentimento”. No fundo, Lipovetski é um grande otimista. O pensador ainda acredita nas possibilidades do homem em conseguir aglutinar suas forças, sem que isso represente o fim das especificidades dos indivíduos. Até o momento, os preconceitos e os medos dos homens estruturaram uma sociedade carente e infeliz em seus sentimentos.
Foto: Divulgação

domingo, 6 de janeiro de 2008

"O jornalismo é a loucura do cotidiano. Quem nunca a experimentou não sabe o quanto é ruim a lucidez"